domingo, abril 11, 2010

Retorno e Interior


Volviste por el mismo camino. No fue sol lo que encontraste, ni la intención de la jornada. Temiste lo que, al final, surgió: el muro que cercó el otro lado del sueño.


Dentro de los pétalos brilla la flor: cálido camino reencontrado para nuestra piel gastada. En el cansacio hay siempre un grano de esperanza. Y en la muerte



António Salvado (do livro O extenso continente, ed. A Mar Arte. Trad. Marta López Vilar)


Imagen: "Invierno", de Mikalojus Konstantinas Ciurlionis.

3 comentarios:

Graça Pires dijo...

Um poema excelente de António Salvado com a tua excelente tradução. Um beijo, minha amiga.

Anónimo dijo...

António Salvado nasceu em Castelo Branco no dia 20 de Fevereiro de 1936.
Poeta, ensaísta, crítico, antologiador, tradutor, director de publicações, tem colaboração poética em antologias, revistas e suplementos literários.
Obteve várias distinções de que se destaca a comenda da Ordem de Santiago da Espada atribuída em 2010 pelo conjunto da sua obra poética.
Está traduzido em castelhano, francês, italiano, inglês e japonês. Verteu para português, entre outros, os poetas Cláudio Rodriguez, Ricardo Paseyro, Alfredo Perez Alencart e António Colinas.
Os seus textos em prosa têm sido reunidos sob o título Leituras, com seis volumes editados. Licenciado em Letras tem dividido a sua vida profissional pelo ensino e pela museologia.

Poesia:
A Flor e a Noite, 1955; Recôndito, 1959; Na Margem das Horas, 1960; Narciso, 1961; Difícil Passagem, 1962; Equador Sul, 1963; Anunciação, 1964; Cicatriz, 1965; Jardim do Paço, 1967, Tropos, 1969; Estranha Condição, 1977; Interior à Luz, 1982; Face Atlântica, 1986; Amada vida, 1987; Des Codificações, 1987, Matéria de Inquietação, 1988; Soneto em Lembrança de João Roiz de Castelo Branco, 1989; Utere Felix, 1990; Nausicaa, 1991; O Prodígio, 1992; Dis versos, 1993; O Corpo do Coração, 1994, Estórias na Arte, 1995; Certificado de Presença, 1996, Castalia, 1996; O Gosto de Escrever, 1997; O Extenso Continente, 1998; Rosas de Pesto, 1998; A Plana Luz do Dia, 1998; Os Dias, 2000; Largas Vias, 2000; Quadras (in)populares e Sábios epigramas, 2001; Flor álea, 2001; A dor, 2002; Águas do Sono, 2003; Pausas do Aedo, 2003; A Quinta Raça, 2003; Rochas, 2003; Coisas Marinhas e Terrenas, 2003; Entre Pedras o Verde, 2004; Palavras Perdudas seguidas de oito encómios, 2004; Se na Alma Houver, 2004; Ravinas, 2004; Malva, 2004; Quase Pautas, 2005; Recapitulação, 2005; Modulações, 2005; Os Distantes Acenos, 2006, Afloramentos, 2007; No Fundo da Página, 2008, Essa História, 2008, Odes, 2009, Outono, 2009.

Poesia reunida e reeditada em:
Pequena Antologia, 1986; ANTOlogia, 1985; AntoLOGIA II, 1993; ANtoloGIa II, 1993; Obra I (1955-1975), 1997; Obra II (1975-1995), 1997; Obra III (1995-1999), 1999; Sinais de Deus na minha poesia, 2005; Na Eira da Beira, 2005

Principais antologias organizadas:
Antologia das Mulheres-Poetas Portuguesas, 1961; Anunciação e Natal na Poesia Portuguesa, 1968; A Paixão de Cristo na Poesia Portuguesa, 1969; A Virgem Maria na Poesia Portuguesa, 1970; Antologia da Poesia Feminina Portuguesa, 1972; Orações dos primeiros cristãos, 1972; Oração e Poesia de Natal, 1985; Escritores Nascidos no Distrito de Castelo Branco, 2001.

http://porosidade-eterea.blogspot.com/search/label/Biografias

Victor Oliveira Mateus dijo...

António Salvado é um grande senhor da poesia portuguesa contemporanea. O poema que escolheste é excelente e a tua tradução também...
grande abraço,
v.